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''A 5ª Onda'' entra na lista de filmes ambientados em um mundo distópico.


Com um roteiro muito fraco, o filme busca implantar a mesma linha de raciocínio de filmes adolescentes (Crepúsculo, Jogos Vorazes, etc.), o que não é ruim, porém, são muitos clichês, diálogos incompletos e uma sequência de acontecimentos mal trabalhada, tratando fatos importantes para a história de modo irrelevante, o que acaba frustrando o espectador. Apesar de ser classificado como ficção cientifica, o filme não traz características relevantes para o público fã do gênero. O filme possui pouquíssimas cenas impactantes que chamam a atenção do público.

O principal, talvez único, mérito de "A 5ª Onda" é jamais disfarçar suas intenções. Já na primeira cena fica claro que a produção vai copiar a fórmula de sucesso de filmes recentes para jovens/adultos. Como em "Jogos Vorazes" e "Divergente", "A 5ª Onda" traz como protagonista uma adolescente Cassie , de 16 anos, que, em um futuro distópico, torna-se esperança para salvar o mundo. Enquanto luta pela sobrevivência de si mesma, de sua família e da humanidade, ela encontra tempo para descobrir o amor e se dividir entre dois rapazes fortes, porém sensíveis. Há ainda o indefectível grupo de jovens rebeldes que se forma para combater um núcleo de poder ambíguo, manipulador. E esse poder será obrigatoriamente liderado por algum ator de renome, em uma tentativa de emprestar credibilidade à produção.

Segundo Gustavo Caramelo, estudante de Direito e fã de filmes e séries,''A 5ª Onda'' é muito grande para desenvolver cada personagem,porém,eles mediram certo para poderem colocar tudo, ''mesmo tirando algumas partes principais que eu realmente senti falta,continua sendo uma ótima adaptação,atuações realmente são muito boas,efeitos não são 100% incríveis mais são ótimos'', completou.

O maior problema de "A 5ª Onda" não é sua porção apocalíptica, mas seu desfecho romântico, no qual Cassie esquece seu amor platônico por um garoto de colégio (Nick Robinson) para viver uma paixão carnal com um misterioso fazendeiro (Alex Roe). Nesse momento, o filme substitui o genérico pelo visível, com diálogos que envergonhariam os autores de novelas brasileiras. Ao final, sempre transparente nas suas intenções, "A 5ª Onda" deixa patente sua vontade de se tornar uma franquia um desejo que pode ser frustrado pela má qualidade desse primeiro episódio.

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